segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Poesia do Advento

Poema de Natal

Vinicius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Vinicius de Moraes, poeta e diplomata na linha direta de Xangô. Saravá! No poema acima temos retratado aquele que, para muitos, é um evento triste.

Extraído do livro "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 147.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Calendário do Advento

Visita dos anjos
A cada domingo que antecede o Natal, um anjo desce do céu para convidar os habitantes da Terra a fazer os preparativos. 

A história do Calendário do Advento conta que, a cada domingo que antecede a data, um anjo desce do céu para convidar os habitantes da Terra a preparar o Natal.
1° domingo: Anjo Azul
Esse anjo veste uma grande capa azul, tecida de silêncio e paz. O anjo canta com voz profunda e somente aqueles que têm o coração atento podem escutá-lo. Seu canto diz assim: “O céu vem por sobre a Terra. Deus vem habitar o coração dos homens. Preste atenção! Abra a porta!”
E é assim que neste dia o anjo passa e fala a todos os homens. Aqueles que o escutam se dispõem a preparar o Natal, cantando e acendendo velas.
2° domingo: Anjo Vermelho
Nesse dia, o segundo anjo desce do céu vestido com uma grande capa vermelha e traz na mão esquerda uma grande caixa, toda de ouro. A caixa está vazia, e o anjo deseja enchê-la para logo retornar ao céu. A caixa é muito fina e delicada, pois é feita de raios de Sol, por isso, não pode ser preenchida com coisas duras e pesadas. Discretamente, o anjo passa por todas as casas e espia o coração dos homens, buscando um pouco de amor verdadeiramente puro. É com esse amor que ele vai encher sua caixa e levá-la até o céu. No céu, os anjos e também os homens que já morreram tomam esse amor e fazem dele luz para as estrelas.
3° domingo: Anjo Branco
No terceiro domingo, um anjo branco e luminoso desce do céu. Tem em sua mão direita um raio de Sol muito poderoso. Ele vai a todos os humanos cujos corações o ano vermelho encontrou amor verdadeiro e toca-os com seu raio de luz. Essa luz penetra nos corações das pessoas, iluminando-as e aquecendo-as internamente. Como se o mesmo sol iluminasse através de seus olhos e descesse por suas mãos, pés e todo seu corpo. Mesmo os mais pobres e humildes dentre os homens são assim transformados e começam a parecer com anjos se têm um pouco de amor puro em  seus corações.
Mas nem todo mundo enxerga este anjo branco. Só veem os anjos aqueles cujos olhos foram iluminados por sua luz. Somente com essa luz que, no Natal, podem  ver o menino que nasce no presépio.
4° domingo: Anjo Lilás
No último domingo antes do Natal, aparece no céu um grande anjo com capa violeta, muito terno e suave. Ele passa sobre toda a Terra, levando em suas mãos uma grande lira. Com o instrumento musical, ele toca uma música doce que acompanha seu canto harmonioso. Para escutá-lo, é preciso ter um coração silencioso e atento.
Sua música é um grande canto da paz, o canto do menino Jesus e do Reino de Deus que vem sobre a Terra. Muitos anjinhos o acompanham e eles também cantam e se alegram no céu. Então, todas as sementes que dormem na Terra despertam e a Terra escute e estremece: o canto dos anjos diz que Deus não a esquece e que, algum dia, ela será de novo paraíso.

Tradições gastronómicas do Natal em Portugal

Ceia de Natal


Bacalhau da Consoada


Ingredientes (5 pessoas)
- 5 Postas grossas de bacalhau demolhado
- 2Kg de Batatas
- 2 Couves pencas (couve portuguesa)
- 5 Ovos
- 4 Dentes de alho
- 3dl azeite
- Sal e vinagre q.b.

Travessa de Bacalhau da consoada

Preparação
Cozem-se as batatas, previamente lavadas e com pele, ou descascadas e cortadas a meio.
Lavam-se as couves pencas, separando as suas folhas.
Entretanto, cozem-se as postas de bacalhau juntamente com as pencas (ambos colocados só quando a água estiver a ferver).
À parte cozem-se os ovos.
Prepara-se o molho, levando ao lume o azeite e os alhos, abertos ao meio ou esmagados. Quando levantar fervura, retirar do lume e juntar um pouco de vinagre. Manter quente.
Quando tudo estiver cozido, descascar os ovos, pelar as batatas, se for esse o caso, e dispor todos os ingredientes numa travessa. Coloca-se o molho na molheira e serve-se quente.

Poesia do Advento - Dia 1




MIGUEL TORGA
Poemas de Natal
História Antiga
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Antologia Poética
Coimbra, Ed. do Autor, 1981


domingo, 17 de novembro de 2013

Dia Mundial do Não Fumador


17 de Novembro - Dia Mundial do Não Fumador
 
Por ti… e pelos outros não fumes!…
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sábado, 16 de novembro de 2013

DIA INTERNACIONAL DA TOLERÂNCIA


16 de Novembro
 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Soluções:
1- Castanha
2- Ouriço
3- Castanha
4- Castanha

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Castanhas...

http://www.youtube.com/watch?v=jjoP3KDILbo

Pudim de castanhas

http://www.youtube.com/watch?v=jjoP3KDILbo

S. Martinho – castanhas, quadras e adivinhas

 
Comemora-se hoje o dia de S. Martinho, dia dos tradicionais magustos. Deixamos-te aqui algumas quadras e adivinhas sobre este dia.

ADIVINHAS

1

Tenho camisa e casaco
Sem remendo nem buraco
Estoiro como um foguete
Se alguém no lume me mete

2

Se me rio… de mim sai uma donzela
Mais donzela do que eu
Ela vai com quem a leva
Eu fico com quem me deu

3

Qual a coisa qual e ela
Tem três capas de Inverno
A segunda é lustrosa
A terceira é amargosa

4

Tem casca bem guardada
Ninguém lhe pode mexer
Sozinha ou acompanhada
Em Novembro nos vem ver

QUADRAS


Como é bom comer
Castanhas assadas
E no magusto ver
As meninas coradas

Na rua está um vendedor
De castanhas assadas
É com esforço e amor
Que faz feliz a rapaziada

Todo o dia a apanhar chuva
Coitado do vendedor!
Mas à beira das castanhas
Fica cheio de calor.

Com o frio a chegar
A natureza está-se a transformar
Os ouriços a abrir
Para as castanhas apanhar.

O S. Martinho está a chegar
A lareira vou acender
Para as castanhas assar
E contigo as comer.

Que lindo é o Outono!
Que lindo que é!
Uvas e castanhas
Dá-me o avô Zé.

Dia 11 de Novembro
É o dia de S. Martinho
Come-se a castanha assada
E mais o caldo verdinho.

É dia de S. Martinho
É a festa das castanhas
Em vez de Sol há chuva
É Outono ninguém estranha.

 

http://www.youtube.com/watch?v=BT8F5XEyk7E
Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono,à esquina do Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como um desafio.

É um cartucho pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a tristeza.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.

A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.

 

sábado, 5 de outubro de 2013

Sugestões de LeituraMinimizar
 
Título: A I República Portuguesa : uma cronologia
Autor: Fernando de Castro Brandão
Editor: Livros Horizonte

Título: A 1ª República Portuguesa : Diplomacia, Guerra e Império
Coordenação: Filipe Ribeiro de Meneses e Pedro Aires Oliveira 
Editor: Tinta da China
Sinopse: 
Título: Entrevista com a República 
Autor: António Simões do Paço
Editor: Guerra e Paz
Sinopse: Através de títulos da imprensa nacional, mas também de 
debates parlamentares, editoriais e depoimentos, António Simões do 
Paço coloca em primeiro plano as figuras que há 100 anos mudaram o 
rumo de Portugal. Aqui surgem protagonistas como João Chagas, 
Afonso Costa, António José de Almeida, Brito Camacho ou a heroína 
popular Amélia Santos, que, de pistola na mão, combateu na 
Rotunda ao lado dos soldados republicanos, e outros, como os que no 
5 de Outubro arriscaram as suas vidas pela República, esperando que 
ela lhes mudasse as vidas, para logo se sentirem defraudados. 
Efeméride: Comemoração do Centenário da Implantação República ; 
Livro único no segmento, incluindo também um dicionário de figuras da 
República, a composição de todos os seus Governos, os Presidentes 
entre 1910 e 1926 e uma cuidada cronologia.

Título: 7x1910 : Histórias da República
Autor: Margarida Fonseca Santos e Inês do Carmo
Editor: Gailivro
Sinopse: Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura3º, 4º, 5º e 
6º Anos de escolaridade Apoio a projectos relacionados com História  
de Portugal "7 x 1910 - Histórias da República" é um conjunto de 
sete histórias cujas personagens principais, falando na primeira pessoa
são objectos carregados de simbologia: O Mapa Cor-de-Rosa é
 acusado de estar na origem do célebre Ultimatum de 1890 , um 
antecedente que terá contribuído para o assassinato de D. Carlos I e 
mais, tarde, para a implantação da República. A Bala que estava 
dentro da pistola do Almirante Cândido dos Reis que se suicidara, 
pensando que a revolução tinha falhado. Acompanhado por um 
ordenança, o diplomata alemão preocupado com a vida dos 
estrangeiros que residiam no Avenida Palace pega na Bandeira Branca
 e segue rumo ao Marquês de Pombal, onde se encontravam muitos 
Republicanos. Estes ao verem-no chegar com a bandeira branca, 
pensaram que a Monarquia se tinha rendido. A Coroa Real que vive 
despeitada porque nunca mais foi posta numa cabeça de rei ou rainha 
desde o tempo de D.João IV. O Navio de Guerra que quando disparou 
sobre os edifícios do Ministério teve a certeza de que minou a confiança
 dos militares que defendiam a Monarquia. O Iate Real D. Amélia que levaria 
o rei deposto D. Manuel II e toda a família real até Gibraltar, onde ficariam
a salvo. A Varanda – Foi a partir da varanda da câmara Municipal de
 Lisboa, que José Relvas proclamou a República no dia 5 de Outubro de 1910.
Título: A República Explicada à Minha Filha
Autor: Regis Debray
Editor: Celta
 
Título: A República
Autor: Crisóstomo Alberto
Editor: Pé de Página
 
 
 
Título: Machado dos Santos : o Herói da Rotunda
Autor: José Jorge Letria
Editor: Livraria Civilização EditoraTexto Editora
Sinopse: Vem conhecer a história de António Maria Machado dos
Santos, o homem que na madrugada do dia 4 de Outubro de 1910
chegou à Rotunda para liderar centenas de homens na defesa 
desta posição estratégica. Mantendo-se firme e irredutível, 
mesmo face a notícias contraditórias que davam a revolução 
como  detida pelas  forças do Rei, Machado  dos  Santos 
aguentou a posição e a sua atitude foi decisiva nos eventos que
se desenrolaram, culminando com o anúncio da implantação 
da República, a 5 de Outubro de 1910. Cem anos depois, 
José Jorge Letria relata-nos a vida de Machado dos Santos, e
Afonso Cruz ilustra, de forma exemplar, a vida deste herói esquecido.
 
 
Título: O Fim da Monarquia : 5 de Outubro de 1910
Autor: Paula Cardoso Almeida
Editor: Quidnovi
 
 
 
Título: Enciclopédia da História (CD-Rom)
Autor: Vários
Editor: Porto Editora 
 
Título: História Essencial de Portugal : vol. VI (DVD)
Realizador: José Hermano Saraiva
Editor: Videofono Imagem








terça-feira, 1 de outubro de 2013


Outubro


Outubro é o Mês Internacional da Biblioteca Escolar. Neste mês especial a nossa Biblioteca associou-se às comemorações desenvolvendo diversas actividades, das quais destacamos:
  • Divulgação de pesquisa de informação;
  • Início da divulgação das atividades da BE nos placards;
  • Distribuição de Marcadores de Livros;
  • Lançamento dos Concursos:
                             “Páginas à Procura de Autor”
                             “Super Leitores”

Mês Internacional da Biblioteca escolar


sábado, 21 de setembro de 2013

Outono a ler!







                                  



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ler acompanhado!


Fatias de Tomar da Prof. Luísa


Ingredientes:

·         15 Gemas;

·         1 Ovo;

·         125g de açúcar;

·         1 dl de água

Manteiga q.b

1.      Ligue o forno a 170ºC. Bata as gemas com o ovo, sem parar, num recipiente, até dobrar o volume. Unte uma forma com manteiga e encha com o preparado. Coloque no forno, em banho- maria, durante 30 minutos.

2.      Faça uma calda com o açúcar e a água, até obter ponto de fio. Corte em fatias e coloque-as numa travessa e regue com a calda.

 

Bom Apetite!

ATENÇÃO

“Isto é uns minutos na boca, umas horas no estomago e uma eternidade nas ancas…”