terça-feira, 3 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Poesia do Advento
Poema de Natal
Vinicius de Moraes
Vinicius de Moraes
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes, poeta e diplomata na linha direta de Xangô. Saravá! No poema acima temos retratado aquele que, para muitos, é um evento triste.
Extraído do livro "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 147.
domingo, 1 de dezembro de 2013
Calendário do Advento
Visita dos anjos
A cada domingo que antecede o Natal, um anjo desce do céu para convidar os habitantes da Terra a fazer os preparativos.
A história do Calendário do Advento conta que, a cada domingo que antecede a data, um anjo desce do céu para convidar os habitantes da Terra a preparar o Natal.
1° domingo: Anjo Azul
Esse anjo veste uma grande capa azul, tecida de silêncio e paz. O anjo canta com voz profunda e somente aqueles que têm o coração atento podem escutá-lo. Seu canto diz assim: “O céu vem por sobre a Terra. Deus vem habitar o coração dos homens. Preste atenção! Abra a porta!”
E é assim que neste dia o anjo passa e fala a todos os homens. Aqueles que o escutam se dispõem a preparar o Natal, cantando e acendendo velas.
2° domingo: Anjo Vermelho
Nesse dia, o segundo anjo desce do céu vestido com uma grande capa vermelha e traz na mão esquerda uma grande caixa, toda de ouro. A caixa está vazia, e o anjo deseja enchê-la para logo retornar ao céu. A caixa é muito fina e delicada, pois é feita de raios de Sol, por isso, não pode ser preenchida com coisas duras e pesadas. Discretamente, o anjo passa por todas as casas e espia o coração dos homens, buscando um pouco de amor verdadeiramente puro. É com esse amor que ele vai encher sua caixa e levá-la até o céu. No céu, os anjos e também os homens que já morreram tomam esse amor e fazem dele luz para as estrelas.
3° domingo: Anjo Branco
No terceiro domingo, um anjo branco e luminoso desce do céu. Tem em sua mão direita um raio de Sol muito poderoso. Ele vai a todos os humanos cujos corações o ano vermelho encontrou amor verdadeiro e toca-os com seu raio de luz. Essa luz penetra nos corações das pessoas, iluminando-as e aquecendo-as internamente. Como se o mesmo sol iluminasse através de seus olhos e descesse por suas mãos, pés e todo seu corpo. Mesmo os mais pobres e humildes dentre os homens são assim transformados e começam a parecer com anjos se têm um pouco de amor puro em seus corações.
Mas nem todo mundo enxerga este anjo branco. Só veem os anjos aqueles cujos olhos foram iluminados por sua luz. Somente com essa luz que, no Natal, podem ver o menino que nasce no presépio.
4° domingo: Anjo Lilás
No último domingo antes do Natal, aparece no céu um grande anjo com capa violeta, muito terno e suave. Ele passa sobre toda a Terra, levando em suas mãos uma grande lira. Com o instrumento musical, ele toca uma música doce que acompanha seu canto harmonioso. Para escutá-lo, é preciso ter um coração silencioso e atento.
Sua música é um grande canto da paz, o canto do menino Jesus e do Reino de Deus que vem sobre a Terra. Muitos anjinhos o acompanham e eles também cantam e se alegram no céu. Então, todas as sementes que dormem na Terra despertam e a Terra escute e estremece: o canto dos anjos diz que Deus não a esquece e que, algum dia, ela será de novo paraíso.
Fonte: Escola Wardolf
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domingo, dezembro 01, 2013
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Tradições gastronómicas do Natal em Portugal
Ceia de Natal
Bacalhau da Consoada
Ingredientes (5 pessoas)
- 5 Postas grossas de bacalhau demolhado
- 2Kg de Batatas
- 2 Couves pencas (couve portuguesa)
- 5 Ovos
- 4 Dentes de alho
- 3dl azeite
- Sal e vinagre q.b.
Preparação
Cozem-se as batatas, previamente lavadas e com pele, ou descascadas e cortadas a meio.
Lavam-se as couves pencas, separando as suas folhas.
Entretanto, cozem-se as postas de bacalhau juntamente com as pencas (ambos colocados só quando a água estiver a ferver).
À parte cozem-se os ovos.
Prepara-se o molho, levando ao lume o azeite e os alhos, abertos ao meio ou esmagados. Quando levantar fervura, retirar do lume e juntar um pouco de vinagre. Manter quente.
Quando tudo estiver cozido, descascar os ovos, pelar as batatas, se for esse o caso, e dispor todos os ingredientes numa travessa. Coloca-se o molho na molheira e serve-se quente.
- 5 Postas grossas de bacalhau demolhado
- 2Kg de Batatas
- 2 Couves pencas (couve portuguesa)
- 5 Ovos
- 4 Dentes de alho
- 3dl azeite
- Sal e vinagre q.b.
Preparação
Cozem-se as batatas, previamente lavadas e com pele, ou descascadas e cortadas a meio.
Lavam-se as couves pencas, separando as suas folhas.
Entretanto, cozem-se as postas de bacalhau juntamente com as pencas (ambos colocados só quando a água estiver a ferver).
À parte cozem-se os ovos.
Prepara-se o molho, levando ao lume o azeite e os alhos, abertos ao meio ou esmagados. Quando levantar fervura, retirar do lume e juntar um pouco de vinagre. Manter quente.
Quando tudo estiver cozido, descascar os ovos, pelar as batatas, se for esse o caso, e dispor todos os ingredientes numa travessa. Coloca-se o molho na molheira e serve-se quente.
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domingo, dezembro 01, 2013
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Poesia do Advento - Dia 1
MIGUEL TORGA
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História Antiga
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.Feio bicho, de resto: Uma cara de burro sem cabresto E duas grandes tranças. A gente olhava, reparava, e via Que naquela figura não havia Olhos de quem gosta de crianças. E, na verdade, assim acontecia. Porque um dia, O malvado, Só por ter o poder de quem é rei Por não ter coração, Sem mais nem menos, Mandou matar quantos eram pequenos Nas cidades e aldeias da Nação. Mas, Por acaso ou milagre, aconteceu Que, num burrinho pela areia fora, Fugiu Daquelas mãos de sangue um pequenito Que o vivo sol da vida acarinhou; E bastou Esse palmo de sonho Para encher este mundo de alegria; Para crescer, ser Deus; E meter no inferno o tal das tranças, Só porque ele não gostava de crianças. |
Antologia Poética Coimbra, Ed. do Autor, 1981 |
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domingo, dezembro 01, 2013
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